A imperatriz do couro, Patricia Vieira
Patrícia Viera é assim conhecida não por acaso. Desde que se lançou no mundo da moda, carrega consigo uma só meta: desmistificar a matéria-prima principal de suas coleções.
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Nascida no rio de janeiro, a cidade símbolo do maior país tropical do mundo, chega a ser curioso que Patrícia Viera entrou na moda pela porta internacional — entre 1975 e 79, trabalhou em Londres ao lado da estilista Sally Mee, com quem aprendeu os requintes da alta costura. Foi no retorno ao brasil, porém, que encontrou sua paixão.
“Quando cheguei, queria o couro colorido e não encontrava. Quis então conhecer os curtumes, entender por que só tinha preto, café, caramelo. Quando entrei, me apaixonei e nunca mais trabalhei com outra coisa.”
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Com uma moda voltada para uma muler contemporânea, prática, cosmopolita, Patrícia Viera pertence ao seleto grupo de criadores que elevam o estilo brasileiro mundo afora. Desde o início da marca própria, em 1998, já via suas criações ganhando destaque em centros como Paris, Londres e Nova York, Atendendo a compradores como Barneys ny, Collete e Paul Smith.
Patrícia, Qual a magia do couro?
Eu não vejo o couro como couro. Vejo ele como qualquer tecido plano que eu queira fazer. O desafio do couro, o que me deixa cada vez mais apaixonada, é essa coisa de estar sempre aprendendo.
ElE tEm limitE Para a criação?
O couro pode tudo, quem imagina é você. Eu uso couro de cabra com três ou quatro linhas, com isso o couro fica fininho, leve. Existe maquinário para isso, você tem que usar a tecnologia. Entendo o couro como ele é — uma estria, um risco. Eu aceito e assim vou aprendendo com ele. Tudo o que você faz com os profissionais certos fica muito mais fácil.
o QuE o torna difErEntE dE outros matEriais?
O couro tem uma delicadeza enorme. Por ser natural, cada um é único. Ele não vem em rolo como o tecido. Nesse sentido, trabalhar com couro é quase como um processo manual, aliado a toda essa tecnologia.
o couro é Para sEmPrE?
Sem dúvida! É para a vida inteira. Se for bem tratado, é para sempre.
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Acima de tudo, Patrícia leva a sério a sua missão. Ao longo dos mais de 30 anos de carreira, transformou-se em uma verdadeira artesã do couro: interpreta e reinterpreta o material, produz acabamentos — como franzidos e babados — considerados até então impossíveis, cria peças perfeitas até mesmo para curtir a praia no mais belo verão brasileiro. “Eu não vejo limite no couro. Minha intimidade com ele é tão grande que não vejo barreiras.”